Posfácio a uma filosofia não escrita (ou Uma rachadura no fundamento)
Mudei (e continuo mudando) de opinião várias vezes sobre o mundo que queria, mas sempre houve uma constante: queria um mundo onde não se precisasse de sorte.
Já quis um mundo sem dor, já quis um mundo onde é obrigação sentí-la um pouco (para tornar forte). Hoje em dia não vejo como viver certas felicidades sem ter antes sentido a dor. A dor passou a ser necessária para a felicidade.
Num mundo ideal, então, a dor deveria ser assegurada em prol da felicidade? Mas a dor não seria a mesma se houvesse a certeza de que ela trará benefícios, a dor se tornaria um sacrifício de bom-grado, não uma fonte de desespero. Devemos então lutar pela certeza de um mundo incerto? Para alcançar a incerteza, não é maisa fácil não lutar? Mas sem luta, não haveria a incerteza sobre a vitória.
Talvez (veja bem, talvez) vivamos no melhor dos mundos possíveis por não podermos ter certeza de que este é o melhor.
Nem toda ignorância é dádiva, como dizem os que não quererm sofrer: a ignorância nos poupa da dor e, conseqüentemente, de felicidades singulares.
Nem todo conhecimento é uma dádiva, como dizem aqueles racionais demais, que temem sentir porque temem sofrer: O conhecimento nos poupa de certas dores, mesmo que as desejemos. Aquele que conhece não conseguirá jamais encontrar a verdadeira incerteza, pois a encontrará por meios certos e com propósitos bem definidos.
Dádiva é saber o que é que devemos ignorar.
E no fim, sou o que sou (e sei o que sei) por sorte e por acaso, e pela sorte e pelo acaso.
Não sei se o mundo por que luto é o melhor dos mundos. Sei apenas que lutar por ele é o melhor que tenho a fazer.
----------//-------------
1) O meu alter-ego ombudsman mandou, eu obedeci: Apaguei os posts toscos.
2) Preciso lembrar como eu fazia pra pro recuo no começo do parágrafo. Se alguem souber, me avisa.
Já quis um mundo sem dor, já quis um mundo onde é obrigação sentí-la um pouco (para tornar forte). Hoje em dia não vejo como viver certas felicidades sem ter antes sentido a dor. A dor passou a ser necessária para a felicidade.
Num mundo ideal, então, a dor deveria ser assegurada em prol da felicidade? Mas a dor não seria a mesma se houvesse a certeza de que ela trará benefícios, a dor se tornaria um sacrifício de bom-grado, não uma fonte de desespero. Devemos então lutar pela certeza de um mundo incerto? Para alcançar a incerteza, não é maisa fácil não lutar? Mas sem luta, não haveria a incerteza sobre a vitória.
Talvez (veja bem, talvez) vivamos no melhor dos mundos possíveis por não podermos ter certeza de que este é o melhor.
Nem toda ignorância é dádiva, como dizem os que não quererm sofrer: a ignorância nos poupa da dor e, conseqüentemente, de felicidades singulares.
Nem todo conhecimento é uma dádiva, como dizem aqueles racionais demais, que temem sentir porque temem sofrer: O conhecimento nos poupa de certas dores, mesmo que as desejemos. Aquele que conhece não conseguirá jamais encontrar a verdadeira incerteza, pois a encontrará por meios certos e com propósitos bem definidos.
Dádiva é saber o que é que devemos ignorar.
E no fim, sou o que sou (e sei o que sei) por sorte e por acaso, e pela sorte e pelo acaso.
Não sei se o mundo por que luto é o melhor dos mundos. Sei apenas que lutar por ele é o melhor que tenho a fazer.
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1) O meu alter-ego ombudsman mandou, eu obedeci: Apaguei os posts toscos.
2) Preciso lembrar como eu fazia pra pro recuo no começo do parágrafo. Se alguem souber, me avisa.
5 Comments:
no melhor dos mundos, os professores de filosofia antiga dã aula com microfones.
Ei, obrigado por linkar meu blog! E não se preocupe sobre o que escrever.. Apenas escreva e logo terá de dividir tudo em categorias... Bjsss
Por que irônico ler aquele post ontem?
PS: Eu gostei muito desse seu post. Só não consegui encontrar algo à altura para comentar, e isso desde a primeira vez que o li, que já faz um tempinho. ;)
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